terça-feira, 21 de março de 2023

Critica de livro: Paulo e Estevão: parte 74

Os 4 missionários se reencontraram na cidade planejada.A jornada missionaria seguiu o mesmo velho padrão já conhecido em todo lugar,judeus preconceituosos e interesses mesquinhos no caminho,os missionários encararam acusações e ameaças

Começava sempre em paz e depois se tornava luta contra autoridades extremistas.Mas,não importava o que viesse,fosse prisão e tortura ou deboche,Paulo permanecia sempre firme,vivendo do próprio trabalho,sem benefícios da missão,e incentivando os outros a fazerem o mesmo

Se fosse preso e torturado logo era solto pelos esforços de simpatizantes,em seguida era pedido pra que saísse da cidade pelas autoridades e assim ia a próxima cidade.Paulo sempre deixava uma pequena igreja e esta iria se expandir por lá.Assim a missão continuou


Após outra saída da prisão Paulo fala pros companheiros irem ate onde precisavam,inclusive pela saudade,irem.Ao invés de descançar,como pediam,ele decidiu ir para Atenas,a terra dos sábios e pensamento livre,e cumpriria o sonho de juventude de pregar por lá

Paulo imaginava as grandes diferenças que encontraria por lá,de centros culturais cheios de sábios empolgados pela mensagem cristã a não ter de encarar tumultos.Amigos o levaram a cidade e por lá ficou sozinho.O cenário era belo e rico,trazia a mente a imagem dos filósofos do passado


O corpo magro de Paulo o fez ser interpretado como um mendigo de algum lugar pobre,mas estava tão empolgado que não notou as opiniões sobre ele e foi pregar em praça publica.Queria ver a riqueza espiritual depois da material.De inicio atraiu gente,mas eles logo riram ironicamente da historia de Jesus enquanto faziam piadas,inclusive pela aparência arrebentada,e o chamaram de louco


Paulo percebeu que a cidade não era o que tinha imaginado,ela estava recheada de falsa cultura.Ficou 1 semana pregando na praça e pela primeira vez não mostraram interesse ou lhe ofereceram hospedagem

Paulo insistiu com um homem importante com o qual fez contato para entrar em contato com os mais cultos.Estes homens de fato mostraram mais curiosidade que as pessoas da praça,mas não interesse real

Paulo impressionou e foi bem no inicio da palestra,mas ao falar da ressureição a coisa desanda em risadas e zombarias.O missionário conclui que diante de falsa cultura a verdadeira era vista como algo imaginário e sem sentido

O apostolo agora preferia o tumulto judeu.Se tivessem batalhas haveriam resultados,pois o atrito e discussões eram a terra sendo remexida pra plantar semente,mas em Atenas,externamente bela por fora e morta intelectualmente por dentro,só havia a frieza da pedra


Os poucos a não saírem e ainda ouvirem tinham vergonha de estarem por lá.Paulo se esforçou a mostrar um sorriso gerando admiração pela sua força e elevação,mas ao fim da palestra todos tinham desculpas pra não fundar igreja

Pela primeira vez desde que se tornou missionário Paulo saia de uma cidade sem fundar 1 igreja ou alguém copiar os pergaminhos



Analise:

Neste trecho vemos como Paulo tinha criado quase uma "rotina" relativa as pregações e de como o pregador decidiu ir pra Atenas por imaginar que todos os atenienses seriam todos sábios e filósofos,mas encontra por lá pessoas cegas por uma arrogância de origem intelectual

A riqueza da cidade de Atenas proporcionou aos cidadãos boa qualidade de vida e estudo,mas é deixado subentendido o elitismo que tem ao se considerarem superiores a outros povos

Devo dizer,como humor tragicômico,que posso adaptar facilmente os simpatizantes que ouviram Paulo ate o fim e deram desculpas com um "a gente marca" que tanto se ouve

Eu vi muito do comportamento de certos ateus modernos,não todos é claro,neles.Fechados em preconceitos científicos e muito materialistas,sem abertura pra ir além do que os conceitos firmados pela sociedade permitiam,indivíduos intelectual arrogante crendo terem resposta a tudo


A falsa cultura de que Paulo fala seria algo como aquelas pessoas que decoram livros imensos e fazem varios cursos,mas nunca aplicam nada na vida ficando apenas acumulando inutilmente conhecimento sem uso

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