segunda-feira, 10 de abril de 2023

Critica de livro: Paulo e Estevão: parte 87

Ocorre conversa quanto a origem do prisioneiro entre os tribunos ao compararem o que foi dito na prisão com o que foi dito quando se apresentou durante o resgate da turba enlouquecida.Talvez mentiroso ou com um titulo de cidadania do império

O tribuno egípcio decide que iriam entregar o julgamento ao sinédrio.Mas,o romano queria advogar por Paulo por ter se impressionado com sua palavra de fé,rapidamente calcula um plano tendo em mente o extremismo dos judeus e suas crenças decide,disfarçadamente,diz ao colega que concordava e iria com o prisioneiro pra liderar a escolta que o protegeria,assim o protegeria,mas no tribunal


O sinédrio estava empolgado por rever o seu desertor,a noticia se espalha


Paulo reencontra uma velha conhecida e um jovem na prisão,esta era sua irmã e sobrinho.Vieram depois de muito esforço pra entrevista na prisão

As noticias boas e más não perturbavam Paulo.Era como se tratasse de um mundo distante,apenas confortava a irmã enquanto contava sua historia,lutas e obstaculos

A irmã diz que não queria se meter em assuntos religiosos por ter vindo ver o irmão,mas,na verdade,apenas não aceitava Jesus,aquele que a seu ver apenas garantia cruzes a quem o seguisse.Não conhecia,entendia ou aceitava o cristianismo,apenas lamentava a conversão do irmão

Paulo ficou feliz e satisfeito com a visita da irmã,sendo que o sobrinho era sagas e inteligente pra tirar algo que lhe direcionasse da rápida palestra do tio


Guardas vieram pra leva-lo.Diante do prédio do sinédrio Paulo entende que era um dia importante pela multidão que viera curiosa ver o desertor que repudiou títulos sagrados(como títulos mundanos podem ser sagrados?)

Paulo se comove ao lembrar de Estevão(o julgamento deste no inicio do livro)e de como cabia a ele também testemunhar o evangelho.Se no passado causou dores e humilhações era justo encarar mesmos sofrimentos.Assim aconteceu,acusações foram lidas e lhe foi dada a chance de defesa própria

A defesa educada tinha o silencio cortado por rizadas abafadas e sarcasmos constantes,mas quando começou a impressionar lhe foi,mesmo com o titulo romano,imposto silencio com a mesma acusação de sempre: "estar blasfemando".Disseram que estava despeitando Moises e os profetas no templo com delírios e seria condenado por isso

Paulo lhe avisa sereno que o coração pode levar a condenações injustas e isso teria retorno.Depois questiona,como conhecedor da lei,por que mandou o feri-lo.Ao invés de respostas e debate um grupo avança com pequenos chicotes ferindo o idoso no rosto enquanto gritam e recebem aplausos

A essa altura já tem exaltados que pedem a condenação,mas Paulo permanecer sereno no testemunho,o que ao mesmo tempo prova os ânimos de alguns.Em meios a surtos e cuspes Paulo não consegue continuar a falar ou ser ouvido


O sumo-sacerdote deixou a desordem rolar,pois,sabia do ódio dos principais ali pelo cristão.Em verdade o julgamento era uma farsa destinada a agradar o tribuno que se interessou pelo prisioneiro,caso contrario teria sido morto pra agradar o ódio pela obra do missionário


Analise:

Mais uma vez Deus sabe onde por os seus,mas a defesa do tribuno romano ainda na prisão se deve a forte impressão conseguida por conta de Paulo nunca desistir de pregar.A impressão foi tão forte que desconsiderou fortemente ser tudo mentira

A capacidade corajosamente não desistir de suas convicções e ser sempre forte diante das adversidades não é fácil,mas é nesse instante que demonstramos quem realmente somos sem muita brecha pra desconfiança


Paulo demonstra na prisão ao ter contato com a família que já havia se desprendido de suas obrigações como pode e estava pronto pra morrer.Isso é demonstrado com o distanciamento que tinha com o que lhe era contado

Estar com tudo pronto pra morrer na mesma hora e ao mesmo tempo viver como se fosse durar pra sempre.Essa é uma filosofia que Paulo absorveu

Imagine só poder dar palavras de sabedoria sem se envolver e se perder no problema?Isso é algo que apenas quem não se perdeu na matéria do mundo pode fazer devido a não ficar preso aos conceitos materiais que encarnados criaram


Posso dizer com a linha de raciocínio apresentado da irmã de Paulo que ela tinha uma visão de divino muito imediatista e materialista.Assim como muitas pessoas em todas as eras,tem gente que veem Deus apenas como um fornecedor de conforto,enquanto desafios e renuncias como punição

Ver Paulo,seu irmão,largando todo conforto,luxo e poder pra seguir uma religião de que só ouvia falar mal e depois chegar naquele estado lhe era demais ao entendimento.Inclusive,entre outros exemplos,tem muito disso em famílias cujos membros viram umbandistas

Paulo chegou a uma compreensão extremamente profunda de mistérios que eram desconhecidos do senso comum.É obvio que com o tempo o apostolo aprendeu a não esperar compreensão de todos quanto a suas escolhas,mas ao menos existem os como o sobrinho que tiram proveito maior do que a media

Com uma compressão como a de Paulo poderíamos viver na matéria sem sermos dominados pela matéria,viver pelo bem maior ao invés de praticamente exigirmos recompensas

Nenhum comentário:

Postar um comentário