terça-feira, 18 de abril de 2023

Critica de livro: Paulo e Estevão: parte 93

Paulo,como sempre,foi pregando no caminho pra Roma,e olhe que era prisioneiro...de novo...pensando bem é o padrão dele

Paulo ganhou ascendência moral com o capitão,soldados,guardas e todos os outros no caminho.Jesus a ele não era um individuo inatingível,mas um mestre amoroso e amigo de todos que acompanha evolução terrena.Muitos vinham pra ouvir a pregação sobre o futuro dos povos(mundo)


Bem na época de navegação difícil o navio pega outra rota pra pegar carga,nisso ele fica com sobrepeso.No fim ambas as coisas os fazem ficarem dias presos na mesma região

Analisando tudo,inclusive a intuição,Paulo chama o centurião e aconselha a passarem o inverno na região.O centurião leva em alta consideração o aviso,mas o capitão e piloto não aceitam pela pressa,falam dos recursos que tem no navio e chegam a fazer piada do centurião,ate acusam de ser plano de fuga,o centurião não pode falar nada além de "desculpe"(mesmo querendo ao menos se explicar)

Ao contar pra Paulo o apostolo diz pra não se preocupar que os obstaculos seriam grandes,mas proveitosos e agradeceriam a Jesus pelo aviso


2 dias após o aviso o clima era ótimo,mas assim que entram em mar aberto,quando não podiam mais voltar,a coisa desanda e muito.Um furacão veio e nada puderam fazer além de serem levados pra longe pela tempestade e nevoeiro.Uma tormenta interrupta de mais de 2 semanas

Tudo que não tivesse utilidade imediata foi jogado ao mar pra aliviar o peso,inclusive a valiosa carga que desviaram pra pegar

Paulo agora era tratado com veneração e respeito por todos por saberem do conselho que deu antes.O centurião não saia do seu lado do apostolo por crer que este tinha poderes milagrosos e salvadores


Paulo palestrou sobre horas amargas as comparando com a natureza que enfrentava.Disse que chegariam a terra firme,mas que não deveriam se esquecer da lição que passavam

Que se tornassem como marinheiros vigilantes que não esperam por uma tempestades(crises),mas sabem que elas existem.Assim como avisou de ficarem no porto o evangelho dava avisos morais,mas ilusões deixam imaginação ir pra longe do bom senso ate a tempestade vir

No fim precisamos de diversas vidas pra nos endireitar e nos liberar dos carregamentos(carga navio) de crueldade e maldade ate aceitar a boa vontade de Deus e entendermos que esses "apegos" são como madeiras frágeis flutuando em tempestade

Por fim compara o fim da vida com aquela tempestade.Nela se encara o tormento interior

Todos estavam apavorados e se abraçando.Vendo todo tipo de pessoas,de diferentes nações,idades e cargos dos mais diversos,Paulo mostrou como o perigo(crise) ensina a fraternidade,o que em terra firme não aconteceria

Alguns não gostaram,mas outros entenderam


Após 14 dias chegam em terra.Todos se alegram,mas capitão se sente humilhado pelo apostolo e manda os soldados matarem os prisioneiros antes que fugissem,mas o centurião se opõem fortemente depois ter aprendido tanto



Analise:

Preciso falar desse Jesus que Paulo pregava.Jesus seria um amigo querido que oferece apoio,não um ser distante que te olha limpo do alto das nuvens e sim alguém que desce a lama pelo pecador arrependido assim como aconteceu a ele próprio

É bom passar esse ensinamento adiante porque por conta da forte influencia católica na formação espirita brasileira Jesus é visto de modo geral como algo muito distante,um juiz que "decide sua entrada no céu",um Deus que tomou forma humana.Jesus não pode ser o cara que fez vinho pra festa?


Adorei o otimismo que Paulo desenvolveu ao longo do tempo.Ele entendeu que "nada de mal que nos acontece não pode ser revertido ao nosso proveito".Eu inclusive vejo o que nos acontece na atualidade,a nível mundial e não apenas nacional,como chance de crescimento,ou uma "pressão necessária" pra termos mudanças


Na historia temos belos simbolismos.O "preparo pra encarar tempestade em mar" assim como de não crer que a vida seria fácil,sem consequências e desafios.O "desapego da carga em mar" ser a libertação do grande peso dos defeitos diante das crises com o tempo.Na "morte ser a tempestade" que na morte a consciência pesada,tão ignorada ate ali,lhe cobra como aquela tormenta,aonde percebemos que realmente nada levamos conosco,pois,nada do que temos na carne realmente nos pertence,mas não aceitamos isso ate que a morte nos cumprimenta


Paulo colocou os conceitos materialistas de superioridade no mesmo nível dos bens terrenos,como algo perecível e destinado a desaparecer.Demonstrou como uma crise criou um ambiente fraterno que as ilusões cotidianas não permitiriam

Isso se assemelha a qualquer pandemia,guerra ou fome do passado pra não dizer problemas cotidianos que nos forçam a nos apoiarmos uns nos outros pra seguirmos em frente

Nenhum comentário:

Postar um comentário