terça-feira, 3 de janeiro de 2023

Critica de livro: Paulo e Estevão: parte 21


Por conta de o que apresentarei ser meio que mais pra historia do que tanto pra analise irei apresentar trecho grande,e em parte como uma retribuição pela espera de quem esta me acompanhando por conta da pausa da serie causada pelos posts de ano novo


O apedrejamento,assim como outros tipos de execução,era uma forma de entretenimento para a população.Os que por lá já miravam nos pontos vitais favoritos com objetivo de causar dor sem oferecer direito a morte rápida.Muitos xingamentos e pedidos de esquartejamento.Saulo estava satisfeito com sua vitória que ate lhe alavancaria a carreira,mas ainda havia o olhar sem medo ou ódio de Estevão perante as pedradas


Com o inevitável apedrejamento a frente,Estevão se segurou com todas as forças as boas lembranças e orações que junto ao fato de estar a beira da morte o liga mediunicamente ao outro lado vendo o Cristo e o reconhecendo pelas discrições de Pedro.O anuncio de sua visão incomoda a todos os ouvintes


A agitação da multidão chamou a atenção da irmã de Estevão,noiva de Saulo,que gritou de horror ao ver cena tão cruel que ao ser analisada mais cuidadosamente piorou ainda mais ao perceber que o alvo era o querido irmão

Quando Estevão,inexplicavelmente,vê a irmã quando estava naquela situação e a beira da morte lhe restou considerar se a irmã tinha ido na frente e agora o recebia,mas não tinha mais forças pra chamar por ela pra tirar a duvida

O olhar de Estevão foi confirmação o bastante pra irmã pedir ajuda a Saulo,seu noivo,pra estar com o irmão por 1 minuto que fosse.Saulo não acreditava ou queria acreditar,mas por conta do desespero da noiva iria junta-los discretamente pra mostra-la o absurdo

Usando de comemoração com bebida facilmente mandou Estevão ser isolado para supostamente lhe arrancar confissão de arrependimento


Em sala isolada a voz fraca,que saia de rosto destruído,disse o nome da irmã.Saulo surpreso percebe o que aconteceu,pensa que Deus não o inspirou e o destino o levou a amargura.Decidiu abandonar a noiva “irmã de um criminoso” por orgulho e vaidade ligados a opinião publica


A jovem estava surpresa pela mudança de aparência e nome,muito chocada pelos suplícios terem lhe acompanhado desde aquele dia de separação

”Quem é Jesus?”,pergunta a irmã,o moribundo investiu de suas ultimas forças e instantes para falar a irmã que Jesus era o salvador e tinha trocado de nome pra proteger quem o libertou da escravidão

A garota emotiva pergunta se Jesus não seria um mal senhor ao deixa-lo em tal estado,mas Estevão a corrige ao falar das promessas feitas por Ele


Estevão abençoou o casamento com quem o condenou e ate recomendou a irmã que não visse o noivo como um inimigo,ate mesmo defendeu as atitudes que seriam mais tarde uteis a Jesus e que Saulo precisaria de apoio pra isso

A compaixão e paz de Estevão atormentaram Saulo ao estremo.Devido a culpa que tenatava suprimir a todo custo Saulo preferido ter sido odiado e maldito,mas se esforçou para não se comover e abominar o Cristo “que destruiu sua vida”.Sabendo que o incidente impediria o casamento feliz que tanto sonhara pela lembrança daquele que o desafiara,pela nova relação verdugo-vitima com noiva e pela família dele que negaria a relação quando vazasse a informação


Depois da conversa e lagrimas do reencontro dos irmãos e da oração da jovem seguida da morte de Estevão,Saulo aproveitou pra romper o noivado deixando a agora ex-noiva mal em um momento de vulnerabilidade

Entendendo que o orgulho de Saulo não permitia consolo em momento de necessidade a jovem se cobra forças pra uma reações que não seriam oriundas da emoção.Tentou argumentar contra,que ao menos continuassem como amigos ao invés de ser odiada,que lhe seria grata pelos meses juntos,que o irmão morreu o perdoando,que não contaria a ninguém do incidente

Saulo teve de enrijecer o coração perante a garota tão boa e humilde,teve de se lembrar a força de seu cargo,titulo e sua preciosa reputação pra abandona-la friamente


Analise:

Já mencionei nos últimos posts que execuções eram uma forma de entreterimento,afinal nem todos conseguem compreender que o que os outros passam,os donos do local ate mesmo ofereciam um festival pra agradar ainda mais.Os que decidiram parar com execução publica foram as pessoas que tinham objetivo de controlar a criminalidade

Saulo estava satisfeito pelo seu "estrago",mas ele não conseguia entender que iria causar imensas repercussões no ambiente material da região nos próximos anos depois de seus atos e gerar karma a si e para outros que se envolveram


A fúria dos envolvidos no apedrejamento quando Estevão falou ter visto Jesus foi por conta de terem considerado que ele estava blasfemando ate durante sua própria execução,mas da Idade Media ate os dias de hoje seria por conta de inveja dissimulada


A parte onde Estevão não teve forças pra chamar a irmã foi algo bom,se ou ela seria envolvida na confusão de um modo que o noivo  não poderia defende-la

Saulo teve muitos avisos de encarnados que advertiram do rumo que tomava.Pensar,assim como muitos fazem,que Deus o jogou em um destino ruim me faz ter dificuldade de não considera-lo um idiota e um cretino pela decisão que tomou em seguida que só lhe traria infelicidade


A irmã aparecer na execução se trata de plano divino,este plano deu tanto o alento a Estevão na hora da morte;a irmã teve o contato da separação e conheceria depois a mensagem do cristo e para que Saulo tivesse um preparo e motivação a próxima fase da sua vida

Estevão teve lucides em morte pra falar com propriedade a irmã o que grupos inteiros que se dedicaram a vida toda pra estudar e não conseguiram respostas satisfatórias

A culpa de Saulo mais tarde se tornaria combustível a reflexão e obra evangelica,mas por um tempo,embora ainda tendo efeito subconsciente de mudança,seria fonte alimentadora do ódio que usaria contra o cristianismo ao culpar terceiros pelo que aconteceu


Vendo pessoalmente os efeitos que o carpinteiro que morreu na cruz,que ouvira falar superficialmente sem nunca aprofundar no assunto,causou no irmão a jovem desamparada teve,assim como muitas pessoas sofridas,o interesse despertado na figura misteriosa.Conhecendo a índole do irmão ela começa a considerar se aquele homem poderia realmente ser o messias e lhe oferecer consolo agora que tanto necessitava

Este fenômeno foi em muito semelhante a queima de livros espiritas na Espanha no inicio das perseguições a religião

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