domingo, 29 de janeiro de 2023

Critica de livro: Paulo e Estevão: parte 37

Saulo vai pra falar,mesmo sabendo,por experiência própria,que aconteceria confusão.Neste trecho da obra ele vai entender que ao mudar internamente terá de encarar também uma nova realidade externa que o levara depois a ter de revisar toda a visão de mundo que tinha


Ao anunciar que o Messias veio como prometido nos textos sagrado e que esse seria Jesus de Nazaré a plateia,antes ansiosa pra ouvi-lo,ficou extremamente chocada,a ponto que não conseguiam falar nada

Saulo relembra da retidão de vida dele e o usa pra base de tudo que dizia,que justamente pelos erros passados estava ali palestrando,que ele causou tormento e quebrou a economia da cidade enquanto criava um regime cruel acreditando que defendia a Deus,chegando a incluir a conclusão pessoal ”como se o pai supremo necessitasse de míseros defensores”


Quando conta que estava vindo para continuar com as perseguições e Jesus veio a ele,começa a ficar emocionado e a chorar durante o discurso.Alguns acham que ele esta fazendo uma brincadeira,algo que Saulo nega veementemente dado a sacralidade do local

O murmurinho começa,o amigo de antes espalha a sua opinião sobre o considerar perturbado,não demora para a confusão se firmar

O consideram traidor ou demente.Saulo afirma não ser nenhum dos 2,que estavam todos diante uma nova era na qual os caprichos religiosos eram insignificantes

Xingamentos corram solto enquanto jogavam coisas,ate tinham os que eram próximos de Saulo e tentaram defende-lo de algum modo por considera-lo demente


Um ancião acalmou tudo ao exigir oração pra depois,já considerando Saulo um inimigo,que ou era um louco digno de pena ou um traidor que seria julgado pela lei após a devida analise exigida

Apesar da paz aparente Saulo internamente se sentia ferido,queria continuar falando e ate obrigar a ser ouvido,entrar em discussão e convencer com suas habilidades

Alguns velhos conhecidos saiam sem o cumprimentar,outros pareciam entende-lo,sem,no entanto,terem coragem de falarem nada.O amigo de Saulo tinha o olhar triunfante,quase ria dele

Agora Saulo experimentaria não receber aplausos por onde passasse.Caira na realidade perante a ilusão de que os ganhos dos antigos tempos não o ajudariam mais ao encarar o vexame.Preferia que tivesse sido preso e torturado a ter o orgulho machucado

Sozinho chora em uma luta interna da antiga vaidade e da renuncia de si mesmo



Analise:

Saulo muda sua perspectiva de vida e não é comprendido,mas como já explanei quanto ao assunto anteriormente não irei me prolongar na área.Foquemos no por que dele ter se exposto

Saulo acreditava que com sua saúde restaurada e sua capacidade de oratória poderia convencer todos sobre o Messias,entretanto ele não concebe que esta diante de gente tão ignorante quanto ele o foi e que não pode mais contar com antigas conquistas e títulos

A ilusão de Saulo se deve a vaidade e orgulho cultivados por anos o cegarem para o que realmente pode fazer


Também explanei anteriormente quanto ao que passa qualquer um que muda de religião,agora,no entanto,gostaria de dar foco ao fato de que Saulo inventou de tentar converter outros "a verdade" que encontrou,gente que já tinha a sua própria e não estava interessada em outra

Tomemos como exemplo casos de crentes que se convertem pra qualquer outra religião.Se nos dias de hoje um crente chegasse na igreja que costumava frequentar e dissesse algo similar ao que Saulo disse daria um resultado bem próximo,mesmo que com um verniz religioso.Uma prova triste de que o ser humano não mudou realmente e ainda nutrimos as sementes da mensagem de tantos mestres dentro de nós sem a entendermos a semelhança de Saulo no dia em que encontra Jesus(antes do encontro pra ser mais exato)

A atitude de Saulo pode ser considera de pura ignorância;primeiramente por não compreender a necessidade de forjar a humildade e entender que a "mensagem" é mais importante do que o "pregador comum",que não era pra chamar atenção pra si,algo que muitos sacerdotes de todas as religiões deveriam entender;em segundo ele tentou obrigar verdades pessoais,por mais fé que tivesse nelas,sobre terceiros ao invés de entender que todos tem seu próprio tempo e que devemos ser pacientes

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