quinta-feira, 25 de julho de 2024

Aparentando empatia: parte 1

Estava fazendo o post de ontem,quando notei que tinha assunto pra explorar a parte.A questão de envolvimento emocional,de suas reações e de como aproveitadores a utilizam em proveito próprio


Temos uma sociedade bem emocional no Brasil.Em muitas nações o "padrão" se trata de uma visão muito fria sobre a vida a se levar.Sei que o "calor brasileiro" é um charme,mas tem questões a se corrigir

Eu falei no ultimo post sobre os desastres das enchentes do sul,de como me revoltava pela mídia ter coberto a noticia em nome da audiência e famosos terem ido em nome da exposição de minutos de apresentação

Pode parecer besteira,ao menos pra quem não estudou mídia e publicidade,ate mesmo que estou desmerecendo o desastre que foi,de como muitas pessoas morreram ou tiveram as vidas arruinadas.Entretanto,é o oposto 


Somos uma cultura que prega por reações,de preferencia exageradas,e atos esternos,de demonstrações visíveis que sejam socialmente apoiadas e louvadas

Se algo ruim acontece,como um cara que nunca vimos falar que a mãe dele acabou de morrer em Pindamonhangaba,temos de sofrer junto,mesmo que não conheçamos nem a mulher,o cara ou a cidade.Um comportamento extremamente superficial e piegas

Se um cara esta bem da vida,ai a sociedade preza que você lhe elogie,mas,ao menos parece, não tem nada contra falar pelas costas

Entendem o que quero dizer?Os acontecimento de larga escala foram uteis pra financiar os bolsos de jornais e dar atenção pra celebridades que vivem de exposição.Eles não se importaram,nem eles e nem metade das pessoas assistindo,gente que fazia um teatro sobre sentir empatia pelo ocorrido

Agora deve pensar "eu não era um fingido.Me importei realmente",mas você fez o que pelo acontecido?Mesmo que diga que fez doações,ainda é pouco diante do estrago que foi,sendo que ainda tem muita destruição.Fora que,se não notou,as noticias pararam uma hora de cobrir,o que não ocorreu por tudo ter se resolvido,mas por conta de não atrair atenção da população como antes,basicamente,enjoram do assunto

Parece cruel o que digo?O transito para diante de um acidente por que?Eles não estão tocados e nem querem parar pra ajudar,isso eu garanto


Já falei do assunto no passado,inclusive com o exemplo do transito parado.Mas sinto que preciso trazer de volta por conta do que sinto que faltou no ultimo post

Me parece,e muito,que existe toda uma pressão diante de manter comportamentos superficiais,de aparentar ter um comportamento que os a sua volta aprovem,seja uma inversão de valores centrada em ganhos pessoais ou um pieguismo,de respostas emocionais que logo passam,geralmente,em inercia


Falaram muito,mas em menos de 2 meses ninguém mais ligava.Nunca fui de cair nesses truques de mídia,mesmo não faltando exemplos,como o Cantareira(ainda secando)e doenças(sempre pego todas)

Se,no caso do exemplo,não tenho vinculo nenhum com lugar ou moradores,eu não tenho por que ser tomado pelas emoções.Ser verdadeiro consigo e autentico com os outros é uma necessidade atual.Se me quando falavam "vamos rezar pela mãe desse cara",mas nem via quem era que apontavam,lhe pergunto,como vou ter empatia?Não é melhor pedir ajuda e forças pra ajudar aqueles ao meu redor em casa e no lugar?


Ainda tem destruição no sul,assim como varios outros problemas no mundo,coisas que costumam estar além do nosso alcance.Se tudo que disse ate agora te incomoda,peço que,ao menos,reze por eles,nem isso parece que as pessoas fazem

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