segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Critica de livro: Paulo e Estevão: parte 6

Com a entrada de Estevão no cômodo os pobres e doentes se alegram.Ele começa a fazer sua palestra do evangelho sem se importar com os doutores da lei.Quando falou de Jesus ser messias,que Israel tinha de reinterpretar o antigo testamento quanto ao Messias ser um príncipe/general que deixaria trilhas de sangue por onde passasse acabou irritando os representantes do poder presentes


Saulo,que representava aqueles no poder,começou uma discussão acalorada contra vontade de Estevão.Estevão não queria parar sua palestra,de falar de perdão e humildade,de que todos os povos são iguais,sem que um deles seja "escolhido por Deus";nos dias de hoje isso tudo é pode ser considerado básico,mas naquela época e local foi um escândalo por quebrar um dogma da religião e politica,de que eram "superiores a outros povos"

Os mendigos e os que nada tinham gostaram das palavras de Estevão,mas os no poder não,eles não tinham intenção de sair do pedestal que se colocaram


Estevão sabia responder a voz alta e os gritos do Saulo com calma e coerência nas respostas,o que só deixou Saulo com mais raiva por conta de estar costumado a baixarem a cabeça a seus títulos

Saulo ficou chamando Jesus de "alguém sem nada que morreu entre ladrões" e que o enviado dos céus deveria ter poder pra ser salvo ou se salvar.Entretanto Estevão lança bons argumentos quanto ao conteúdo nas escrituras antigas quanto ao Messias,ate diz que o Messias não pode ser um homem comum,com os mesmos desejos de ir atrás de efemeridades como alguns imaginavam na época,e começa a comparar seus feitos e objetivos aos filósofos e sábios que ajudam humanidade mesmo após o tumulo com suas ideias e mensagens



Cortarei mais uma vez a cena tal seu tamanho pra analisar:

Não preciso dizer que as palavras de Estevão ofenderam pelo simples fato de não serem as exatas coisas que os seus futuros executores pensam.Temos sorte que as pessoas que se espoem socialmente tem apenas o "dislike" como inimigo,a não tanto tempo ainda haviam chacinas

O mundo definitivamente mudou,evoluiu,mesmo que alguns neguem,é possível emitir opinião


As palavras de Jesus,infelizmente,são aceitas mais da boca pra fora.Temos muitos que a professam sem realmente praticar nada além do socialmente obrigatório em seu grupo religioso.A noção judaica do Messias,um rei com poder de comando de exercitos,se tornou nos dias de hoje um ser divino que pode lhe render bênçãos e ate o paraíso se gostar de você e lhe obedecer

Pra entender melhor o que digo olhem no livro como os que não tinham nada gostaram das promessas evangélicas e ate do carinho recebido na igreja.A seguir compare aos luxos dos no poder e sua falta de importância "as coisas do coração".Aqueles iludidos pelo materialismo costumam ser bem assim,independente da condição financeira


A ideia de um Messias que lidera exércitos ainda esta presente no judaismo,inclusive por conta da "terra santa" esta ocupada por povos não judaicos.O antigo testamento é cheio de batalhas e sangue,por conta disso é fácil imaginar um Messias que siga o mesmo rumo

Um Messias que não resolve a vida terrena de todo mundo não é só uma questão dos judeus ou de indivíduos materialistas.Pessoas de religiões salvacionistas,dessas que prometem fartura terrena,também costumam ver a divindade como uma folha de credito que tem como base rezar pra receber bênçãos,o que deixa claro que não entenderam a passagem da multiplicação dos peixes e pães quanto a "fome e sede saciadas pela mensagem"

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