sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Critica de livro: Paulo e Estevão: parte 19

Usar da execução de um individuo famoso como um evento social pra apresentar noiva aos amigos...me parece um programa de encontro bem ruim

A noiva também pareceu não gostar dos planos de Saulo,ate por ter sido traumatizada com a execução do pai sob tortura e a separação do irmão mais velho

Saulo,entretanto,não gosta de ser contrariado e forçou sua opinião ao dizer não ser alguém associado a eles(errou)e um bandido(errou de novo),começou então a pressionar dando a entender que ir contra seu pensamento era o mesmo que apoiar criminosos.Chegou a um ponto da noiva aceitar e ate apoia-lo por ver onde daria ser contraria a opinião do noivo,o que leva um sorriso aos lábios do marido


Saulo continuou a falar de como era justo e de como tentou de todos os modos tirar o criminoso do "mal caminho",mas acabou por ser condenado “por própria culpa” por ter outra opinião e não se sujeitar a ele 

A noiva pede para lhe dar ultima chance de arrependimento ao réu antes da execução,que ele poderia ter se arrependido após 2 meses de prisão.O que Saulo promete por capricho



Analise:

Aqui temos mais um exemplo de cena que faria feministas passarem mal assim como pessoas sensíveis se sentirem mal pelo julgamento cruel divulgado abertamente

Na época de Saulo uma execução era um evento publico,que tanto servia de repressão pra tendências criminosas como para evento social.Mas,caso não saibam,execuções publicas ainda eram correntes ate poucas décadas atrás em esquema relativamente próximo dos tempos antigos

Não adianta ler relatos,historias e mitos antigos com os olhos que temos para com a realidade de hoje.Demoramos séculos e milênios pra levar a civilização ate esse ponto,em que mesmo imperfeita já progrediu muito e existe certa vergonha a cometer falhas morais

No futuro nossos descendentes e ate nossas futuras vidas poderão olhar pros nossos tempos e nos julgar de mesmo modo


Após ter terminado de ouvir as ilusões de bondade e grandeza de Saulo,a noiva pede,algo que só foi possível graças a ter sabido contornar o noivo com cuidado e por saber ser inútil tentar resistir a suas vontades,a chance de arrependimento ao condenado

Vejam como ela teve "jogo de cintura".Ao invés de se debater inutilmente com a realidade e não conseguir nada ela contornou como pode para chegar a um objetivo de justiça,sem imediatismos

Algo assim só é possível se você entende a realidade e tem diplomacia a ponto de conseguir chegar a reta final.Precisamos muito disso atualmente,

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